Tratamentos de reprodução assistida para quem tem menopausa precoce

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Como a medicina reprodutiva pode ajudar mulheres com falência ovariana prematura a realizarem o sonho da maternidade

Introdução

A menopausa precoce, também chamada de falência ovariana prematura (FOP), ocorre quando os ovários deixam de funcionar antes dos 40 anos, levando à interrupção da ovulação e à redução dos hormônios femininos. Para muitas mulheres, esse diagnóstico traz preocupação, especialmente quando o desejo de engravidar ainda está presente.

Mas será que a reprodução assistida pode ser uma alternativa nesses casos? Neste artigo, vamos explorar as principais opções para mulheres com menopausa precoce que desejam gestar um bebê.

O que é a menopausa precoce e quais suas causas?

A falência ovariana prematura pode ocorrer por diversos motivos, incluindo:

  • Fatores genéticos (histórico familiar de menopausa precoce).
  • Doenças autoimunes, que atacam os ovários.
  • Tratamentos oncológicos, como quimioterapia e radioterapia.
  • Cirurgias ginecológicas, como a retirada dos ovários.
  • Causas desconhecidas, já que em muitos casos não há uma explicação evidente.

Mulheres com FOP deixam de ovular naturalmente, e os níveis de hormônios como o estrogênio caem significativamente. No entanto, em algumas situações, os ovários podem apresentar atividade intermitente, permitindo a obtenção de óvulos.

É possível engravidar com menopausa precoce?

A resposta depende do grau de falência ovariana. Se a reserva ovariana for extremamente baixa e não houver mais produção de óvulos, a gravidez espontânea não é possível. No entanto, com a medicina reprodutiva, existem algumas opções viáveis para essas pacientes.

Tratamentos de reprodução assistida para menopausa precoce

1. Estimulação ovariana para casos com atividade residual dos ovários

Em algumas mulheres, os ovários ainda apresentam um mínimo funcionamento, permitindo a tentativa de estimulação ovariana para coleta de óvulos.

  • Esse tratamento envolve o uso de hormônios estimulantes para tentar recrutar folículos remanescentes.
  • A resposta a esse estímulo é geralmente baixa, mas em alguns casos, pode ser possível obter óvulos para fertilização in vitro (FIV).

Essa abordagem é mais eficaz para mulheres com diagnóstico recente de FOP e que ainda apresentam sinais de atividade folicular intermitente.

 

2. Fertilização in vitro (FIV) com ovodoação

A ovodoação (doação de óvulos) é a principal alternativa para mulheres com menopausa precoce que desejam engravidar, mas que não possuem mais óvulos viáveis.

  • Óvulos de uma doadora anônima, jovem e saudável, são fertilizados em laboratório com o sêmen do parceiro ou de um doador.
  • O embrião gerado é transferido para o útero da paciente, que passa por um preparo endometrial para receber a gestação.

A FIV com ovodoação apresenta altas taxas de sucesso, uma vez que os óvulos vêm de mulheres mais jovens, reduzindo os riscos genéticos e aumentando as chances de implantação e gestação saudável.

3. Tratamento hormonal para preparo do útero

Para que a gestação aconteça, o útero da mulher precisa estar receptivo ao embrião. Como na menopausa precoce há um déficit hormonal significativo, é necessário um preparo adequado do endométrio, que pode incluir:

  • Terapia de reposição hormonal (TRH) com estrogênio e progesterona para restaurar o ambiente uterino ideal.
  • Uso de progesterona na fase lútea para auxiliar a fixação do embrião no útero.

Esse tratamento permite que a mulher com falência ovariana tenha uma gestação segura, mesmo utilizando óvulos doados.

4. Útero de substituição (barriga solidária) em casos específicos

Se a mulher com menopausa precoce apresentar alterações uterinas graves, como sinéquias severas ou atrofia endometrial irreversível, pode ser necessário recorrer a um útero de substituição.

Nesse caso, o embrião do casal é transferido para o útero de uma mulher da família (até 4º grau), que se dispõe a gestar o bebê de forma voluntária e sem fins comerciais, conforme as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Quando procurar um especialista?

O diagnóstico de menopausa precoce pode ser um impacto emocional para muitas mulheres, mas a consulta com um especialista em reprodução assistida é essencial para avaliar se ainda há chance de estimulação ovariana ou se a ovodoação será a melhor alternativa.

Exames como o hormônio antimülleriano (AMH) e o ultrassom para contagem de folículos antrais ajudam a determinar a reserva ovariana e indicar o melhor caminho para cada paciente.


A menopausa precoce não significa que a maternidade é impossível. Com as técnicas de reprodução assistida, muitas mulheres conseguem engravidar e ter uma gestação saudável, seja por meio da FIV com óvulos próprios em casos raros, da ovodoação, ou até mesmo do útero de substituição em situações específicas.

Cada caso deve ser avaliado individualmente, e o acompanhamento especializado é fundamental para definir a melhor estratégia para alcançar o sonho da gestação.

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