A inseminação intrauterina é uma técnica em reprodução considerada de baixa complexidade e está indicada para casais jovens com infertilidade sem causa aparente ou que possuam patologias que não comprometam a função tubária nem comprometam de forma grave o fator seminal.
Da mesma forma que o coito programado, na inseminação também é realizada uma estimulação ovariana com medicamentos em baixas doses para termos de dois a três folículos estimulados ao invés de apenas um folículo dominante, como ocorreria em um ciclo menstrual natural.
Não é interessante que tenhamos mais que três folículos estimulados para não aumentarmos o risco de gemelaridade múltipla. Isso pode acarretar em uma redução da taxa de sucesso gestacional.
A paciente inicia o estímulo hormonal a partir do início do ciclo menstrual e é feito um controle ultrassonográfico seriado do crescimento desses folículos. Quando os folículos estão com diâmetro maior que 18-20mm, é indicada a indução da ovulação com medicação hormonal injetável. No dia da ovulação, o casal retorna à clínica e o parceiro faz a coleta seminal por masturbação.
O sêmen é então processado e otimizado, sendo selecionada a melhor porção (os com melhor motilidade) para o tratamento. Posteriormente, a porção seminal selecionada é depositada na cavidade uterina, através de um cateter fino e flexível. Esse instrumento é inserido no orifício natural do colo uterino, onde há o encontro dos gametas e ocorre a fertilização, por meio da inseminação intrauterina.