De acordo com a Sociedade Americana de Reprodução Humana (ASRM), a infertilidade conjugal é uma doença definida pela ausência de gestação após 12 meses ou mais, em um casal que mantenha relação sexual regular e sem uso de qualquer método anticoncepcional. Desse modo, uma vez apresentando este diagnóstico, é importante o acompanhamento com um especialista. Apesar disso, em pacientes maiores de 35 anos é aconselhado a avaliação precoce, após 6 meses sem conseguir engravidar. Já em caso de pacientes acima de 40 anos recomenda-se avaliação especializada após 3-4 meses de tentativa sem sucesso.
A infertilidade conjugal pode ser primária, ou seja, quando o casal nunca engravidou ou secundária, quando o casal já possui histórico de gestação viável e depois não mais conseguiu engravidar. A infertilidade secundária algumas vezes ocorre como complicação da primeira gestação, como por exemplo, infecção da cavidade uterina, complicações como obstrução tubária ou sinéquias uterinas após cesárea e, outras vezes, pode acontecer por fatores novos que surgem com o avançar do tempo, como por exemplo, piora de uma varicocele, aumento do volume de miomas dificultando uma segunda gestação.
Abortamento de Repetição
O abortamento de repetição possui um fisiopatologia diferente da infertilidade conjugal, sendo definida por 2 ou mais abortamentos consecutivos, mas também merece investigação. Por sua vez, o abortamento de repetição ou abortamento habitual pode acontecer por diversas causas entre elas, causas genéticas do casal ou oriundas de malformação dos embriões, incompetência do colo uterino favorecendo o abortamento tardio, causas imunológicas, anatômicas uterinas, redução de qualidade seminal desfavorecendo a qualidade genética do embrião, causas infecciosas.
Se você possui um histórico similar a esses descritos acima, é válido buscar o especialista para realizar uma investigação focada no caso específico de vocês.
AMERICAN SOCIETY FOR REPRODUCTIVE MEDICINE. DEFINITIONS OF INFERTILITY AND RECURRENT PREGNANCY LOSS: A COMMITTEE OPINION. FERTILITY AND STERILITY. 2013: VOL. 99 (1); 63.