Como acontece a Inseminação artificial

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Inseminação artificial: Mais de 36 mil procedimentos de Fertilização In Vitro (FIV) foram realizados no Brasil no ano de 2017.

A inseminação intrauterina ou inseminação artificial é uma técnica de média complexidade utilizada na reprodução assistida para obtenção da gestação. Nessa técnica é feita a inserção do sêmen em cavidade uterina, no momento em que a paciente está ovulando. Para tal, o início do ciclo de tratamento ocorre quando a paciente menstrua.

Como é feita a inseminação artificial?

Nos três primeiros dias do ciclo menstrual é feita uma ultrassonografia e, caso não haja nenhuma contraindicação a paciente inicia o tratamento. Para tal, será feito uso diário de medicações hormonais por via oral ou injetável subcutâneo.

Caso a paciente esteja em um ciclo natural sem estímulo, provavelmente um dos dois ovários evoluirá com um folículo dominante – saquinho de líquido de contém o óvulo – que crescerá até o período fértil e romperá, liberando o óvulo para a cavidade pélvica, onde será sugado pela tuba. diferentemente, na inseminação, usamos as medicações hormonais para que ao invés de termos apenas um folículo estimulado, tenhamos dois ou três, aumentando a taxa de sucesso.

Passo a passo

Ao longo do crescimento dos folículos, são feitas ultrassonografias a cada dois ou três dias para acompanhamento. Esse estímulo hormonal precisa ser limitado, pois não é desejado ter mais que três folículos para não aumentar o risco de gemelaridade.

Quando esses folículos estão grandes, com a média dos diâmetros maior que 18-20mm, compreende-se que dentro deles o óvulo já encontra-se maduro, ou seja, em uma fase de desenvolvimento propícia para a fecundação (metáfase). Finalmente, nesse momento é administrada uma medicação para induzir a ovulação, também injetável subcutânea, contendo o hormônio HCG e, em cerca de 36 horas, a paciente iniciará seu processo de ovulação.

O dia da inseminação

No dia então da ovulação, o homem faz uma coleta seminal por masturbação e esse produto segue para laboratório, onde passará pelas seguintes etapas técnicas para seleção da melhor porção: gradiente descontínuo de densidade, migração ascendente (swin-up) e lavagem seminação.

Posteriormente, os espermatozoides com motilidade progressiva (os melhores), são separados e colocados em uma seringa e, com a paciente em posição ginecológica, é passado o espéculo. Em seguida, é feito limpeza do colo e inserido um catéter fino e flexível pelo orifício natural do colo uterino. Esse catéter, por sua vez, em sua extremidade, tem acoplado a seringa com o sêmen que é direcionado delicadamente para a cavidade uterina, processo que chamamos de inseminação. Após esse procedimento, a paciente é liberada.

Para a realização da inseminação, o casal precisa preencher alguns pré-requisitos para ter uma taxa de sucesso satisfatória.

Imagem apresenta uma inseminação artificial feita por um especialista em Reprodução Humana.
Imagem apresenta uma inseminação feita por um especialista em Reprodução Humana.

Pré-requisitos para a inseminação artificial

  • A paciente precisa ter menos que 40 anos;
  • É necessário que a paciente apresente tubas pérvias, em uma exame de nome histerossalpingografia;
  • O espermograma precisa apresentar uma boa concentração e motilidade espermática, tendo após capacitação espermática, de modo ideal mais que cinco milhões de espermatozoides móveis;
  • Tempo de infertilidade menor que cinco anos.

Caso não preencham esses pré-requisitos, vale a pena individualizar o caso por causa da redução na taxa de sucesso e indicar a fertilização in vitro.

Indicações da inseminação artificial

  • Após três coitos programados sem sucesso;
  • Fatores cervicais;
  • Dificuldade para ovulação por exemplo por síndrome de ovários policísticos;
  • Dificuldade com a ereção ou ejaculação dentro da vagina;
  • Mulheres homoafetidas (com uso de sêmen doado);
  • Alteração espermática leve;
  • Infertilidade sem causa aparente em paciente jovem.

A taxa de sucesso da inseminação intrauterina varia entre 15-20%, tendo uma taxa de sucesso superior ao coito programado, porém inferior à fertilização in vitro. Sendo assim, após a realização de três ciclos de inseminação intrauterina sem sucesso, deve ser avaliada a possibilidade de mudança de tratamento para fertilização in vitro.

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