Reprodução assistida: acompanhamento psicológico para o casal é fundamental

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O acompanhamento psicológico especializado durante a reprodução assistida visa acolher os casais que passam pela intensidade do tratamento

Reprodução assistida: A infertilidade ocorre em 40% dos casos por fatores femininos, em 40% por fatores masculinos e em 10% por causas mistas. Em 10% dos casos não é possível encontrar uma causa (é a chamada Infertilidade Sem Causa Aparente – ISCA).

A psicóloga Arielle Nascimento, especializada em psicologia em reprodução humana e acompanhamento perinatal, afirma que necessitar da intervenção da medicina reprodutiva pode, ao mesmo tempo em que ampliar as possibilidades de engravidar, fazer eclodir uma série de sentimentos, como impotência, culpa, inferioridade diante dos outros, raiva, tristeza.

Porque é importante o acompanhamento psicológico?

“É importante acolher a trajetória desse casal e seus aspectos subjetivos diante da dificuldade de engravidar. Muitas vezes, os casais que iniciam a investigação na reprodução assistida também trazem uma trajetória de perdas gestacionais, sendo um delicado fator que se soma ao mal-estar psíquico desse campo da infertilidade”, revela a especialista.

O acompanhamento psicológico especializado durante o tratamento para engravidar visa acolher os casais que passam pela intensidade do tratamento, trabalhar com as expectativas, oferecendo suporte emocional, inclusive diante dos possíveis insucessos de procedimentos.

“Quando o casal escolhe o tratamento de reprodução assistida, ele também entra em contato com a angústia diante do medo de não procriar. Além disso, no processo do tratamento são realizados exames e medicações invasivas, consultas e controle frequente do corpo que podem trazer impacto emocional na vida do casal. O apoio psicológico é fundamental, pois marca um lugar de escuta, um lugar em que o casal pode trabalhar as implicações do diagnóstico e do tratamento escolhido, bem como refletir sobre todas as possibilidades de tratamentos, incluindo a doação/recepção de gametas e útero de substituição”.

A infertilidade não é uma questão individual, mas do casal

De acordo com a ginecologista Layza Merizio Borges, a infertilidade é sempre do casal! “Ninguém é culpado por não haver gravidez. Esse sentimento é muito comum nos casais com dificuldade de engravidar”, alerta a médica. Portanto, ambos devem ser submetidos a exames diagnósticos, como perfil hormonal feminino, ultrassonografia transvaginal seriada, histerossalpingografia, espermograma, sorologias virais, entre outros.

Se prepare para mais de uma tentativa

É importante estar advertido de que talvez o sonho de ter um filho não se realize na primeira tentativa. Segundo a Sociedade Europeia de Reprodução Humana, metade dos pacientes desiste quando a primeira tentativa falha. “Com apoio psicológico, o casal poderá trabalhar formas de lidar com essa imprevisibilidade do tratamento e da vida”.

Possibilidade de gravidez múltipla

A possibilidade de ocorrer uma gestação gemelar pode ser fonte de preocupação para o casal, não só pela gravidez, mas também, pelo fator econômico. “O casal precisa estar preparado para refazer planos no caso de conceber mais de um bebê, inclusive, para as mudanças na rotina que a chegada de filhos trazem”, orienta a psicóloga Arielle Nascimento

Terapias alternativas

Além do apoio psicológico convencional, pode ser indicado ao casal terapias alternativas como ioga, dança, técnicas de relaxamento, acupuntura.

Fonte: folhavitoria.

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